quarta-feira, 9 de maio de 2018


BEBENDO AUSÊNCIA
(Chote)

Vou bebendo ausência dentro do galpão!
Em cada amargo que eu sorvo só...
Pois chegou ao fim uma louca paixão!
O que era concreto agora virou pó...

Na ânsia de vê-la, olho na janela...
E o meu coração fica em alvoroço
Porque não aguento a saudade dela...
Tornou-se difícil roer esse osso!...

O amor que nasce a primeira vista...
Pode ser sublime na literatura!
Mas o tempo passa e vai crescendo a crista...
E chega num ponto que ninguém se atura.


Eu sei que dói nela e muito mais em mim,
O caminho inverso dessa vida potra!
Como é que pode terminar assim!
Um romance puro de uma hora pra outra...

Porque o tempo voa e não tem quem segure...
No espaço da vida o destino define!
Pois se não há mal, que sempre perdure...
Também não há bem, que nunca termine...

                                       Lua crescente de janeiro/2012.
                                       Getulio Silva & Mario Nenê.

Nenhum comentário: