segunda-feira, 22 de março de 2010

O Tempo

O tempo é um pingo estradeiro
Que nos carrega no lombo
Vez por outra nos dá tombo
Quando garboso se entona
As vezes manso de boca
Mas com instinto aguçado
Vai negaciando prá os lados
Pois tem sisma redomona

Não há aramado que prenda
Nem porteira que o detenha
Por mais motivos que tenha
Jamais retorna prá traz
Se vai repontando os anos
Levando a vida da gente
De maneira indiferente
Segue ao tranquito no más

O tempo é o flete de Deus
Que nos devolve prá o céu
Vai de agalope a lo léu
pisoteando no capim
Ou então mais serenado
Vai no trote puladinho
Mas nunca erra o caminho
Sempre nos leva prá o fim

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