terça-feira, 6 de abril de 2010

Versos Amigos!

Na foto, Che Zico enfrenando alguma rima!
Eu sou daqueles que prefere receber um "bom dia" em vez de um cartão. E tenho uma razão pra isso. Quando alguém diz "bom dia", estas palavras saem de sua boca e supostamente expressam o seu desejo. Porém quando nos manda um cartão (salvo quando escreve algo com a própria mão) está transmitindo uma idéia escrita por outra pessoa, que ele achou bonita e está nos repassando. Aí fica a dúvida, será que realmente era aquilo que queria nos dizer ou foi apenas preguiça de pensar um pouquinho e dizer o que realmente está sentindo? E as vezes até um sorriso é muito mais importante que as homenagens e saudações de padrão estabelecido.
Eu gosto muito (e voces já perceberam) de escrever versos para os meus amigos e da mesma forma, fico louco de faceiro quando os recebo. Um exemplo é o meu amigo Che Zico, um baita poeta do verso xúcro. Um outro dia mandei o seguinte verso para ele:
"Ouço uma tropa de versos, de descendência abugrada
Pela goela em disparada, campeando gaita e violão
Pela xúcra inspiração, de vereda identifico
Vem lá do pago mais rico, nasceu da alma nativa
Na estância criativa, da memória do Che Zico"
E ele (Che Zico) me respondeu de pronto:
"Rasga o silêncio da noite, uma cantiga aporreada
Bombiei no galpão a indiada, num tranco de "corrê" égua
Verso cheirando a macéga e uma xúcra melodia
Notei que nela trazia, a marca que o povo gosta
Pois era o Dionísio Costa, que assinava a cantoria
De pronto metí o cavalo, lhe pealei pra "tropeá" uns versos
Se "acolheremo" neste universo, de caneta, guitarra e gaita
Reculutando versos taitas, pra gauchada campeira
Chamamé, bugio, vanera, milonga, chote e chamarra
Pois gaúcho quando se agarra, não dança qualquer "porquera"
Um grande e sincero abraço, ao poeta Che Zico e muito obrigado por estes versos amigos!

Um comentário:

pragaucho.blogepot.com disse...

mil gracias dionisio,
por tecer estes comentarios;
por cer tu um indio,
da mesma cepa que aminha,
poeta de larga lavra,
é que me identifico,
e até arisco te botar,
ums versos prum pealo,
na saida da porteira;
da xucra inspiração,
e galopear cantilenas,
assim de ermão pra ermão.
gracias atodos colaboradores,
deste blog embreve farei parte,
desta irmandade do verso xucro,
no mais meu grande abraço.

chezico 06/04/2010